terça-feira, 22 de janeiro de 2013

São Paulo e a Hanseníase
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Coordenadoria de Controle de Doenças
Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. "Alexandre Vranjac"
Divisão Técnica de Hanseníase
Tel. 11 – 3066-8753  – Tel./Fax.: 11 – 3066-8155
e-mail:dvhansen@saude.sp.gov.br


São Paulo, 18 de janeiro de 2013

Srs. Interlocutores,


            Neste ano o dia Mundial de Luta contra a Hanseníase será no dia 27 de janeiro, último domingo do mês. É um dia onde fazemos um “chamado” à comunidade e às instituições relembrando o compromisso assumido no combate à hanseníase.
Abaixo transcrito na íntegra um texto preparado pela Coordenação Geral da Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde acrescido da situação da endemia em nosso Estado.
            É nossa intenção subsidiá-los para o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase com informações atualizadas sobre a situação no país e do nosso Estado.

MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COORDENAÇÃO GERAL DE HANSENÍASE E DOENÇAS EM ELIMINAÇÃO

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA HANSENÍASE – 2013

         No último domingo de janeiro, dia 27, acontece o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Este dia é uma oportunidade de mobilizar a população e renovar o compromisso com ações que favoreçam o diagnóstico e tratamento oportunos da doença, visando à diminuição da carga de transmissão da hanseníase no país, e a superação do estigma e preconceito que ainda estão presentes na sociedade.

       No mundo foram diagnosticados 219.075 casos novos da doença em 2011, segundo a OMS. Nesse contexto, o Brasil ocupa a segunda posição em número de casos novos de hanseníase, com 33 955, correspondendo a 15,4% e a Índia a primeira, com 126 800 casos novos, o que corresponde a 57,8%.

      O Ministério da Saúde do Brasil retomou desde 2011 o Plano de Eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública, ou seja, alcançar menos de um caso para cada grupo de 10.000 habitantes até 2015.

      No Brasil, a doença apresenta tendência decrescente nos coeficientes de detecção de casos novos, contudo o comportamento da doença é heterogêneo nas diferentes regiões do país, necessitando de estratégias diversificadas para intervenção frente às situações encontradas. Em 2011, o coeficiente de detecção geral foi de 17,65 por 100 mil habitantes correspondendo a 33.955 casos novos da doença no país. Na população menor de 15 anos houve registro de 2.420 casos, sendo um coeficiente de detecção de 5,22 por 100 mil habitantes.

       Em relação a 2012, dados preliminares (base de dados SINAN de 03/01/2013) mostram 28.801 casos novos detectados, ou seja, coeficiente de detecção geral de 14,85 casos novos por 100 mil habitantes; destes, 1.936 casos em menores de 15 anos de idade (4,14/100.000 hab). Em 31/12/12 estavam registrados na base de dados do SINAN 28.919 pacientes em tratamento o que significa uma prevalência de 1,49 casos/10.000 habitantes. A taxa de cura nas coortes até o momento é de 78,3% e o percentual de contatos de casos novos examinados é de 50,3%, podendo haver modificações em todos estes indicadores até o mês de março de 2013, quando os dados finais serão avaliados.

        O país tem como principal indicador o coeficiente de prevalência da hanseníase por 10.000 hab., tendo como meta o alcance de menos de 1 caso a cada 10.000 habitantes até 2015. Os demais indicadores da Agenda Estratégica do Ministério da Saúde são: reduzir em 26,9% o coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos; aumentar o percentual de cura nas coortes dos casos novos de hanseníase para 90%; examinar 80% dos contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase; essas metas estão firmadas para o período de 2011 a 2015.

            O Estado de São Paulo eliminou a hanseníase como problema de saúde pública em 2006. Em 31 de dezembro de 2012 (SINAN – 07/01/2013) estavam em registro ativo 2.079 casos de hanseníase correspondendo a um coeficiente de prevalência de 0,50/10.000 hab.

             Foram duas as GVEs que retrocederam em relação ao estadiamento de eliminação, que foram os GVEs de Franca e de Ribeirão Preto embora devamos lembrar o peso dos fatores operacionais que assumem maior importância nesse período do ano.

                O Estado também cumpriu as metas pactuadas quais sejam de atingir 89% de cura nas coortes e atingir a marca de menos de 1caso/10.000hab nas GVEs de Marília e São José do Rio Preto. Atingimos a taxa de cura de 91,31% e o coeficiente de prevalência foi de 0,97 e 0,68/10.000 hab. respectivamente.

                Importante também é mencionar o trabalho desenvolvido em relação à Campanha da Hanseníase, Geo-helmintíase e Tracoma proposta do Ministério da Saúde. Apesar de a proposta inicial ter sido suspensa seguimos em frente e em setembro conseguimos dar início a essa grande tarefa. Abaixo quadro com os resultados preliminares dessa Campanha.

CAMPANHA - ESTADO DE SÃO PAULO- Setembro, 2012
Área
ATIVIDADE
NUMERO
Hanseníase
Número de Municípios que realizaram a Campanha - Hanseníase
244
Número de Escolas que realizaram a Campanha - Hanseníase
497
Número de alunos que participaram
123665
Número de casos suspeitos agendados/encaminhados (*)
3794
Número de casos novos confirmados até o momento
1



Tracoma
Número de Municípios que realizaram a Campanha - Tracoma
103
Número de Escolas que realizaram a Campanha
181
Número de alunos examinados
39877



Geo-Helmintíase
Número de Municípios que realizaram a Campanha Geo-Helmintíase
52
Número de Escolas que realizaram a Campanha – Atividades Educativas
101
Número de Escolas que realizaram tratamento com albendazol
9
Fonte: GVEs - Dados Preliminares - 10/12/12






Tab.2 Dados preliminares da Campanha de Hanseníase, Geo-helmintíase e Tracoma, Estado de São Paulo, 2012.


GVE
HANSENÍASE
TRACOMA
GEOHELMINTÍASE
Nº Munic
Nº Escola
Alunos
SUSP.
CONF.
Nº Munic
Nº Escola
Alunos
Nº Munic
Nº Escola
Escolas c/ Tto
SMS
1
18
8187
88
0
1
11
1237
1
16
0
7*











8
2
5
2371
38
0
5





9
3
3
1801
4
0
2
2
1001
3
2
1
10
4
1
264
27







11
34
83
22798
1004
0
2
4
779
0
5
0
12
2
3
1074
59
0
0
0
0
0


13
6
7
1623
20
0
1
2
289
6
6
0
14
16
33
9288
470
0
16
33
9987
16
33
0
15
7
7
1964
79

3
4
526
7
7
0
16
6
11
3656
0
0
0
0
0
0
0
0
17
6
7
3246
225
1
0
0
0
0
0
0
18
7
8
2035
22
0






19
17
78
16383
46
0
15
26
5235
4
10
0
20
21
48
16676
875
0
21
42
11283
0
0
0
21
5
5
1220
69
0
2
6
446
1
1
0
22
4
7
734
30
0
0
0
0
0
0
0
23*











24
6
9
3401
116
0
6
9
2265



25
9
12
856
0
0
9
12
1665
0
0
0
26
11
36
3117
181
0
9
11
2709
0
0
0
27
4
19
6013
175
0
0
0
0
0
0
0
28
1
1
150
1
0
2
6
393
1
4
0
29
30
23
1776
105
0
6
7
961
2
3
0
30
20
21
2529
24
0
2
5
843
0
0
0
31
4
5
775
7
0






32
11
12
3033
74
0
1
1
258
11
14
8
33
7
35
8695
55
0
0
0
0
0
0
0
ESP
244
497
123665
3794
1
103
181
39877
52
101
9
Fonte: VEs/CVE/CCD/SES/SP
Data Atualização- 10/12/2012
Nota
01 Caso confirmado em adulto (GVE25-Santos)
02 Casos suspeitos em adulto ( GVE29-S.J.R.Preto e GVE33-Taubaté)
SMS-  Computados apenas os dados de Busca Ativa de Tracoma realizadas nas Escolas, 1094 pessoas
foram examinadas em 3 aldeias indígenas.
(*)-Interlocutor não compareceu na reunião de Interlocutores e não encaminhou dados da Campanha



        A Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação/Ministério da Saúde, com o objetivo de estimular a população a procurar o serviço de saúde, bem como estimular a busca ativa de casos pelos profissionais de saúde, incentiva e recomenda que sejam promovidas atividades alusivas ao Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, junto aos meios de comunicações, serviços de saúde e sociedade civil durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2013.

                Cordialmente,

                                                                                        




                                                                                                     Mary Lise Carvalho Marzliak
                                                                              Diretora Técnica da Divisão de Vig.Epid.Hanseníase
 Coordenação Estadual do Programa de Controle da Hanseníase
MLCM/mlcm


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